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O Brasil não conhece o Brasil: o corte no Censo e o impacto nas pesquisas de mercado

O governo federal decidiu em maio deste ano reduzir o investimento no Censo demográfico feito a cada dez anos.O IBGE anunciou que irá cortar o questionário que envolve 71 milhões de domicílios brasileiros. O questionário mais completo também sofrerá redução e passará a ter 76 perguntas, ao invés de 112.

Susana Guerra, presidente do IBGE, defendeu independentemente da orientação do Executivo que o enxugamento seria necessário como forma de encurtar o tempo de aplicação e aumentar a qualidade de cobertura.

Pelo novo modelo, perguntas referentes a tempo de deslocamento para a escola, estado civil, trabalho e rendimento, posse de bens e valor do aluguel deixariam de fazer parte do questionário que embasa o Censo.

Os dados do Censo demográfico do IBGE subsidiam todas as pesquisas de mercado realizadas. A importância está principalmente na possibilidade da comparação das informações que permitem um retrato do país a cada década.

Qualquer alteração no questionário acaba gerando ruído, dificultando ou até mesmo inviabilizando a análise feita pelos pesquisadores de tendências e mercado. Num exemplo bem básico: no momento de segmentar um grupo que irá avaliar um produto ou serviço, é importante ter uma referência da população como um todo e, assim, filtrar e analisar de forma mais assertiva a maneira como a empresa deve direcionar seus esforços. Como fazer isso sem ter um perfil sócio-econômico da população? 

Se pensarmos o que as companhias e instituições precisam cada vez mais, que é conhecer os cidadãos e consumidores, limitar dados num Censo que já não cumpria todas as suas funções é preocupante. Além disso, o Censo é de extrema importância para a criação e manutenção de políticas públicas que irão beneficiar todos os brasileiros.

Joana Belo (Sócia Diretora da Radar Pesquisas)

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